Projetos portugueses escolhidos para a Bienal Internacional de Malta 2026
Quatro projetos de cinco artistas portugueses foram selecionados para participar na Bienal Internacional de Malta de 2026, marcada para os dias entre 11 de março e 29 de maio, anunciou a organização do certame dedicado à arte contemporânea.
Os projetos de Vasco Araújo, Mathias Gramoso, João Marques e da dupla Bruno Miguel e João Novais foram selecionados entre mais de 3.200 candidaturas provenientes de 122 países, indica o ‘site’ da bienal que terá como título “Clean/Clear/Cut”.
Os cinco criadores portugueses garantiram presença na seleção oficial nesta segunda edição da bienal que será dirigida pela curadora espanhola Rosa Martínez e terá como eixo central “o discernimento, a decifração e a elucidação de narrativas complexas relacionadas com poluições ambientais”, segundo a organização.
O evento decorrerá em vários locais históricos do arquipélago de Malta, incluindo o Forte de São Elmo, em Valeta, a capital, e o antigo arsenal dos Cavaleiros, em Birgu.
Vasco Araújo, vencedor do Prémio EDP Novos Artistas em 2003, com um percurso marcado por exposições em instituições como o Museu de Serralves, o Palais de Tokyo e o Jeu de Paume, em França, desenvolve um trabalho que cruza pintura, escultura, fotografia e filme, explorando temas como memória, identidade e teatralidade.
Mathias Gramoso, artista franco-português, desenvolve uma prática centrada na intersecção entre natureza, emoção humana e tecnologia, recorrendo a algoritmos e processos digitais para criar experiências visuais e sonoras imersivas.
João Marques tem uma prática artística centrada nas noções de terra, matéria e território, e o seu percurso inclui distinções como o Prémio Nacional de Jovens Criadores na área da Pintura e a seleção para a plataforma Portuguese Emerging Artists.
Por seu turno, a dupla Bruno Miguel e João Novais trabalha no campo da criação audiovisual generativa, integrando ´design´ digital e composição musical em obras audiovisuais imersivas que transformam dados em tempo real, incluindo parâmetros ambientais.
A organização da Bienal de Malta indica que a edição de 2026 contará com 28 pavilhões nacionais e temáticos, o dobro da primeira edição, em 2024, sem que haja países lusófonos na lista.
A bienal prevê ainda colaborações internacionais, nomeadamente com a Bienal de Gwangju, na Coreia do Sul, e com o Museu Troy, na Turquia, reforçando o diálogo entre artistas locais e internacionais em áreas como artes visuais, música, teatro e dança.