Projetos portugueses escolhidos para a Bienal Internacional de Malta 2026

Cinco artistas portugueses vão marcar presença na Bienal Internacional de Malta 2026, depois de quatro projetos nacionais terem sido selecionados entre mais de 3.200 candidaturas de 122 países, numa edição dedicada às narrativas contemporâneas da arte e às problemáticas da poluição ambiental. 
Agência Lusa
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15 dez. 2025, 14:29

Imagem de um rio sobre a floresta
Fotografia: Cinco artistas portugueses vão marcar presença na Bienal Internacional de Malta 2026

Quatro projetos de cinco artistas portugueses foram selecionados para participar na Bienal Internacional de Malta de 2026, marcada para os dias entre 11 de março e 29 de maio, anunciou a organização do certame dedicado à arte contemporânea.

Os projetos de Vasco Araújo, Mathias Gramoso, João Marques e da dupla Bruno Miguel e João Novais foram selecionados entre mais de 3.200 candidaturas provenientes de 122 países, indica o ‘site’ da bienal que terá como título “Clean/Clear/Cut”.

Os cinco criadores portugueses garantiram presença na seleção oficial nesta segunda edição da bienal que será dirigida pela curadora espanhola Rosa Martínez e terá como eixo central “o discernimento, a decifração e a elucidação de narrativas complexas relacionadas com poluições ambientais”, segundo a organização.

O evento decorrerá em vários locais históricos do arquipélago de Malta, incluindo o Forte de São Elmo, em Valeta, a capital, e o antigo arsenal dos Cavaleiros, em Birgu.

Vasco Araújo, vencedor do Prémio EDP Novos Artistas em 2003, com um percurso marcado por exposições em instituições como o Museu de Serralves, o Palais de Tokyo e o Jeu de Paume, em França, desenvolve um trabalho que cruza pintura, escultura, fotografia e filme, explorando temas como memória, identidade e teatralidade.

Mathias Gramoso, artista franco-português, desenvolve uma prática centrada na intersecção entre natureza, emoção humana e tecnologia, recorrendo a algoritmos e processos digitais para criar experiências visuais e sonoras imersivas.

João Marques tem uma prática artística centrada nas noções de terra, matéria e território, e o seu percurso inclui distinções como o Prémio Nacional de Jovens Criadores na área da Pintura e a seleção para a plataforma Portuguese Emerging Artists.

Por seu turno, a dupla Bruno Miguel e João Novais trabalha no campo da criação audiovisual generativa, integrando ´design´ digital e composição musical em obras audiovisuais imersivas que transformam dados em tempo real, incluindo parâmetros ambientais.

A organização da Bienal de Malta indica que a edição de 2026 contará com 28 pavilhões nacionais e temáticos, o dobro da primeira edição, em 2024, sem que haja países lusófonos na lista.

A bienal prevê ainda colaborações internacionais, nomeadamente com a Bienal de Gwangju, na Coreia do Sul, e com o Museu Troy, na Turquia, reforçando o diálogo entre artistas locais e internacionais em áreas como artes visuais, música, teatro e dança.