Tree of the Year: já pode escolher a árvore que irá representar Portugal no concurso europeu
O concurso Árvore do Ano Portugal 2026 está em curso e convida o público a votar nas árvores com as histórias mais marcantes da natureza portuguesa. A iniciativa, que mobiliza cidadãos de norte a sul do país, pretende destacar exemplares arbóreos que representem identidade cultural, história e ligação comunitária. O vencedor nacional representará Portugal no prestigiado concurso europeu Tree of the Year.
Promovido pela UNAC - União da Floresta Mediterrânica, este concurso convida os portugueses a escolher duas árvores entre diversas candidatas, espalhadas por várias regiões como Açores, Viseu, Vila Real, Coimbra, Braga e Lisboa. Entre as concorrentes estão espécies variadas, desde azinheiras e cedros a carvalhos e tulipeiros, cada uma com uma história que reforça a ligação entre as comunidades e o seu património natural.
A votação decorre até ao dia 7 de janeiro de 2026 e os resultados a serem anunciados no dia 12 do mesmo mês. A árvore que obtiver o maior número de votos será a representante de Portugal no concurso europeu de 2026.
Este certame segue um percurso de crescente participação pública e voltou a destacar árvores portuguesas no cenário europeu nos últimos anos. Em 2025, por exemplo, a emblemática Figueira dos Amores, nos Jardins da Quinta das Lágrimas, em Coimbra, representou Portugal e conquistou o segundo lugar entre mais de uma dezena de países participantes.
Os organizadores apelam à participação cívica, sublinhando que, mais do que um concurso, esta iniciativa é uma oportunidade para refletir sobre a importância das árvores centenárias na história e na vida das comunidades portuguesas, e para incentivar a sua proteção para as gerações futuras.
Conheça as árvores a concurso
No concurso Árvore do Ano 2026, o público pode escolher entre dez árvores de grande significado espalhadas pelo país e pelos Açores.
A primeira candidata é a Araucária do Parque Terra Nostra, em Furnas, Açores, um gigante arbóreo que acompanha a história dos Jardins Terra Nostra e a presença humana na ilha de São Miguel. Segue-se a Árvore do Tanque, em Viseu, um plátano centenário que marca um ponto de encontro na rua São Salvador, e a Árvore Mãe da Casa de Mateus, em Vila Real, símbolo vivido da história e paisagem do emblemático palácio. Na sequência aparece a Árvore-da-Borracha-Australiana, em Ponta Delgada, no coração dos Açores, uma espécie exótica que se enraizou na identidade local.
Logo depois está a Azinheira da Póvoa, em Bragança, Miranda do Douro, árvore secular que testemunha tradições transmontanas, e a Canforeira da ESAC, em Coimbra, conhecida pelo impacto paisagístico e pela relação com a comunidade académica. O Carvalho de Calvos, na Póvoa de Lanhoso, Braga, é outro exemplo robusto de uma árvore com história regional, seguido pelo Cedro de Runa, em Torres Vedras, frequentemente associado à memória coletiva local.
As últimas candidatas na lista são o Cedro do Noval, em Alijó, Vila Real, e o Tulipeiro da Virgínia, em Braga, espécies que combinam valor natural e cultural, e que apelam à atenção do público.